Aumente sua proficiência em inglês: entenda o CEFR

Quem sonha em fazer cursos de graduação ou especializações no exterior já sabe que, normalmente, as universidades exigem que brasileiros comprovem seu nível de proficiência no idioma em que o curso será ministrado por meio de certificados internacionais, como TOEFL, IELTS ou equivalentes.

Entretanto, há diversas outras situações em que um certificado de proficiência pode ser exigido ou, ao menos, tornar-se um diferencial. Esses testes são uma forma padronizada e imparcial de comprovar as competências linguísticas de qualquer estrangeiro em um idioma que não seja sua língua nativa.

Continue na leitura para entender um pouco mais sobre os principais exames de avaliação do idioma inglês, o sistema de padronização europeu e o desenvolvimento previsto no método Callan seguindo de acordo com essas escalas.

O que são testes de proficiência e suas aplicações

Existem diversos testes padronizados, como IELTS, KET, PET, FCE, CAE, CPE, BULATS, TOEFL, TOEIC, etc. Cada um deles possui um sistema próprio de avaliação, que avalia as principais habilidades de comunicação (compreensão oral, leitura, fala e escrita) com diferentes ênfases.

Exames como o TOEFL e o IELTS são acadêmicos, ou seja, suas notas são utilizadas para analisar o nível do idioma inglês de um não-nativo em ambiente acadêmico, e a validade de ambos expira em dois anos.

Já exames como o FCE, CAE e CPE, todos Cambridge, e o TOEIC, não são acadêmicos, mas sim exames de proficiência da língua inglesa. O foco é voltado para situações da vida real, desta forma, são muito requisitados por empresas. Vale ressaltar, porém, que mesmo os exames Cambrigde não sendo exames acadêmicos, há universidades britânicas que os aceitam como prova que o candidato está apto a acompanhar um curso de graduação.

Common European Framework of Reference for Languages

Divulgado em 2001 para a comunidade europeia, o Common European Framework of Reference for Languages (CEFR) é um modelo padronizado que foi desenvolvido por diversos estudiosos ao longo de aproximadamente 30 anos. Ele não está associado a nenhum teste específico e seu principal objetivo é padronizar o sistema de avaliação de línguas estrangeiras em todos os países da União Européia, criando equivalência entre os resultados dos exames prestados.

O sistema avalia as competências linguístico-comunicativas de compreensão, interação e expressão oral e escrita. Criou-se uma subdivisão dos níveis básico, intermediário e avançado em 6 níveis, denominados A1, A2, B1, B2, C1 e C2.

Ao contrário do que se imaginaria naturalmente, os subníveis não são proporcionalmente representativos, pois no nível A1, por exemplo, encontram-se aqueles que não têm praticamente nenhum conhecimento do idioma testado, mas que com poucos esforços, já conseguem atingir o nível A2.

Entretanto, no nível B2, há uma esparsa distância de conhecimento entre o perfil recém-saído de B1 e de quem está quase atingindo C1. Ou seja, há aprendizes que ainda possuem muitas limitações linguísticas, mas que conseguem estabelecer uma comunicação mais simples, porém fluida, e outros com grande independência e fluência na construção de diálogos e textos complexos.

Saiba um pouco mais sobre as habilidades esperadas em cada subnível

  • A1 – Breakthrough: têm conhecimento apenas de palavras, frases e expressões mais básicas e populares ao próprio contexto cotidiano; responde perguntas simples como local onde mora ou coisas que possui.
  • A2 – Waystage: conseguem descrever superficialmente suas intenções, com palavras e frases simples; compreendem e se expressam de maneira simples, em frases curtas e diretas, a respeito de assuntos do cotidiano, como família, amigos e preferências pessoais.
  • B1 – Threshold: são capazes de compreender e se expressar sobre assuntos como trabalho e lazer, descrevendo experiências, opiniões, ambições e desejos; comunicam-se com nativos que tenham uma fala mais pausada, suficientemente para realizar viagens de turismo e lidar com as situações relacionadas.
  • B2 – Vantage: produz e compreende textos mais complexos com certa facilidade, especialmente sobre sua área de especialização; defende e avalia opiniões com pontos de vista variados, conectando e diferenciando as ideias positivas e negativas de cada uma; comunica-se com fluência e sem grandes esforços, mesmo com falantes nativos.
  • C1 – Effective Operational Proficiency: utiliza o idioma com facilidade em diversos contextos, como acadêmicos e profissionais, pois compreende e produz uma grande variedade de textos e diálogos complexos, inclusive captando ideias implícitas.
  • C2 – Mastery: capaz de usar o idioma com espontaneidade, entendendo e utilizando as mais sutis das variações da língua, como ambiguidades e outras figuras de linguagem, compreendendo praticamente tudo que ouve e lê.

Comparações do CEFR e outros testes de proficiência

Agora que você já entendeu um pouco mais sobre esse modelo referencial, veja a comparação desse modelo com outras escalas de avaliação de proficiência, como os exames de Cambridge e IELTS, por exemplo. Além disso, apresentamos uma demonstração de sua evolução ao longo dos estágios do método Callan de acordo com essa referência.

 

Tabela comparativa do CEFR, estágios Callan, IELTS e Cambridge.

 

Além das exigências para estudar determinados cursos no exterior, muitas empresas brasileiras e multinacionais com operação no Brasil passaram a avaliar as habilidades linguísticas dos candidatos utilizando esta escala.

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